No caminho oposto daqueles que afirmam que do dia 31 de dezembro para o dia 01 de janeiro é só mais um dia, acredito que nós seres humanos somos seres simbólicos e fortemente marcados, direta ou indiretamente, pelos efeitos construídos socialmente. Pensar que todas as pessoas em determinada região e seguindo seu fuso horário estão imbuídas de boas intenções e energias ao mesmo tempo é algo que acredito ter uma força.
Como disse antes, somos seres simbólicos e um símbolo universal é a noção de ciclo. Algo que se fecha para que o novo possa nascer. Vida e morte sempre ligadas, sempre impulsionando a existência. Em viradas de ano novo é comum as pessoas pensarem naquilo que não querem levar para o próximo ano e naquilo que desejam alcançar nos próximos 365 (366 no caso desse nosso 2024, bissexto) dias que virão. Esse pensamento nada mais é do que a experiência dos ciclos. Há uma beleza nisso. Beleza essa que não deveria morrer no dia 02.
Precisamos resgatar a beleza dos ciclos no nosso cotidiano! Nos dar conta que estamos envolvidos por tantos ciclos: nossos, dos que nos rodeiam, da natureza, da sociedade, tudo isso é um convite para um novo olhar, para nos inspirarmos e resgatarmos nossa esperança, esta que é fruto dos ciclos de vida e morte.
Que a sensação de novo ano que ainda perdura nesse dia 02 possa te incentivar a seguir percebendo os ciclos e aprendendo com eles que a vida é sempre uma possibilidade nova, a cada dia, a cada minuto. Feliz ano, feliz vida pra você!